Quero ser
livre
Há muito, muito tempo, na parte mais afastada do bosque, o
bufo-real estava quase a fechar os seus grandes olhos redondos.
A viúva Tita tinha um vizinho que também explorava uma quinta
mesmo à beira do bosque. A viúva não era venenosa mas era capaz de matar presas
grandes rodeando-as e asfixiando-as. Não havia uma solução para escapar àquela
tortura.
O vizinho era um velho rabugento, um grande caçador que não
sentia qualquer afeto particular pelos animais chamava-se Samuel Guerra.
Para o bufo-real, um bom sono, com triângulos e círculos era
verdadeira magia!
- Eu quero saber o que é um bufo-real – gritava o Samuel para
a Tita!
A Tita então, foi investigar…
- Um bufo-real é um bufo-real e pode ser o meu almoço!
O bufo-real que assistia, de longe, à cena, tinha um
excelente sentido de ouvido e uns óculos que deixavam ver no escuro, fez cara
de poucos amigos. Mas lembrou-se do seu bico curvo e forte, das garras potentes
e da plumagem suave que lhe permite voar silenciosamente…
Esta descoberta foi de tal forma importante para ele que
levantou a pata para atacar corajosamente.
O dueto, sorumbático, fugiu sem emitir qualquer som…
- Neste lugar não é permitido caçar – piou o bufo-real!
Tudo ficou bem no melhor dos mundos: o bosque!
Texto Coletivo - 4º G
16 de maio de 2014